Hideo Kojima Tenta Tornar Death Stranding 2 Polêmico para Dividir Opiniões

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Hideo Kojima, o gênio por trás de Metal Gear Solid e Death Stranding, está mais uma vez desafiando as convenções da indústria dos games. Com o lançamento de Death Stranding 2: On the Beach marcado para 26 de junho de 2025, exclusivamente para PlayStation 5, o lendário desenvolvedor japonês revelou algo inusitado: ele não ficou nada feliz com a aprovação inicial do jogo durante os testes internos. Mas, ao contrário do que se poderia imaginar, o problema não foi críticas negativas – foi o fato de o jogo estar agradando demais.

Em uma conversa com Yoann “Woodkid” Lemoine, que assina a trilha sonora do jogo, Kojima desabafou que um jogo que todo mundo ama tende a ser “mainstream demais” e, pior, esquecível. “Se todos gostam, algo está errado. Não quero isso”, disse ele, segundo a Rolling Stone. Para evitar esse destino, Kojima tomou uma decisão ousada: reescreveu partes do roteiro e fez alterações significativas no jogo, buscando torná-lo mais divisivo, mesmo que isso signifique deixar alguns jogadores frustrados ou confusos.

Essa escolha reflete o jeito único de Kojima trabalhar. Ele nunca quis criar jogos que fossem unanimidade. Pelo contrário, ele parece gostar da ideia de que suas obras gerem debates acalorados. Ele mesmo citou Metal Gear Solid, que demorou anos para ser reconhecido como um marco, e o primeiro Death Stranding, que para alguns foi uma obra-prima emocional, enquanto outros o chamaram de “simulador de entregador”. Para Kojima, o ideal é que “quatro em cada dez pessoas amem o jogo, e seis achem horrível”. É essa polarização que, para ele, faz um jogo ficar na memória.

A decisão de mexer no jogo também foi influenciada pela pandemia de Covid-19, que mudou a visão de Kojima sobre os temas de Death Stranding 2. Ele reescreveu o conceito original para explorar ainda mais ideias de conexão humana e isolamento, algo que já era central no primeiro jogo. Woodkid, que passou três anos colaborando com Kojima, revelou que o diretor quer que os jogadores sintam algo profundo, mesmo que isso signifique desconforto. “Ele não quer te dar algo mastigado, algo que você engole fácil”, disse o compositor.

Com Death Stranding 2: On the Beach chegando, o mundo dos games está de olho para ver se Kojima vai entregar mais uma obra que desafia as expectativas ou se, dessa vez, ele pode ter ido longe demais na tentativa de provocar. Uma coisa é certa: com Kojima, nunca é só um jogo – é uma experiência que vai fazer você pensar, mesmo que você não goste do que vê.

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