Jogar Monster Hunter Wilds com Taxa de Quadros Alta Reduz o Dano dos Ataques: Um Bug Inusitado no Lançamento

image-8-1024x576 Jogar Monster Hunter Wilds com Taxa de Quadros Alta Reduz o Dano dos Ataques: Um Bug Inusitado no Lançamento

O aguardado Monster Hunter Wilds, lançado recentemente pela Capcom, tem impressionado os jogadores com seus visuais deslumbrantes e mecânicas refinadas. No entanto, uma descoberta peculiar tem gerado discussões acaloradas entre a comunidade: jogar o game com uma taxa de quadros alta (FPS, ou frames per second) parece reduzir o dano causado pelos ataques dos jogadores, enquanto jogar em taxas mais baixas, como 30 FPS, aumenta o poder ofensivo. O que inicialmente poderia soar como um rumor bizarro foi confirmado por testes realizados por jogadores e está começando a levantar questões sobre a otimização do jogo, especialmente em sua versão para PC.

O Problema com o FPS

Em jogos de ação como Monster Hunter Wilds, a taxa de quadros é um fator crucial para a fluidez da jogabilidade. Taxas mais altas, como 60 FPS ou superiores, geralmente oferecem uma experiência mais suave e responsiva, algo que os jogadores de PC, em particular, buscam ao ajustar suas configurações gráficas ou investir em hardware poderoso. Contudo, relatos recentes indicam que essa busca por desempenho pode estar custando caro em termos de eficiência nas caçadas.

Testes realizados por jogadores, amplamente discutidos em fóruns e redes sociais, mostram que certas armas e ataques causam menos dano quando o jogo roda em taxas de quadros elevadas. Por exemplo, um ataque que normalmente causaria 100 de dano a um monstro em 30 FPS poderia infligir apenas 80 de dano em 60 FPS ou mais. A diferença, embora aparentemente pequena, pode ser significativa em combates prolongados contra os monstros colossais do jogo, onde cada golpe conta.

Por Que Isso Acontece?

Embora a Capcom ainda não tenha se pronunciado oficialmente sobre o assunto até o momento desta publicação (26 de março de 2025), especula-se que o problema esteja relacionado ao motor gráfico do jogo, o RE Engine. Esse motor, utilizado em outros títulos da empresa como Resident Evil e Dragon’s Dogma 2, pode estar vinculando certos cálculos de dano à taxa de quadros, uma falha conhecida como “frame-rate dependency”. Em jogos onde animações ou eventos são sincronizados com o FPS, um aumento na taxa de quadros pode inadvertidamente acelerar ou alterar o tempo de execução de certas ações, reduzindo o número de “ticks” de dano registrados pelo sistema.

Esse tipo de bug não é inédito na série Monster Hunter. Em Monster Hunter Rise, lançado em 2021, problemas semelhantes foram identificados e posteriormente corrigidos por meio de atualizações. A comunidade espera que a Capcom siga o mesmo caminho com Wilds, mas, por enquanto, o fenômeno tem gerado tanto frustração quanto curiosidade entre os jogadores.

Impacto na Experiência de Jogo

Para muitos, a descoberta é um dilema. Jogadores com PCs de alto desempenho ou consoles como o PS5 Pro, capazes de atingir 60 FPS ou mais, podem estar enfrentando caçadas mais longas e desafiadoras sem nem perceber o motivo. Por outro lado, aqueles que optam por configurações mais modestas, limitando o jogo a 30 FPS, estão, ironicamente, ganhando uma vantagem em dano bruto. Em um jogo onde a precisão e a potência dos ataques são essenciais para derrubar monstros em tempo hábil, essa disparidade pode afetar tanto a experiência solo quanto o equilíbrio em sessões multiplayer.

Nas redes sociais, como o X, o assunto já virou meme. Alguns brincam que “jogar em 30 FPS é o verdadeiro modo hardcore”, enquanto outros lamentam o fato de que investir em uma placa de vídeo cara agora parece um prejuízo. A discussão também reacende o debate sobre a importância da otimização em lançamentos AAA, especialmente em um título tão aguardado quanto Monster Hunter Wilds.

O Que Fazer Enquanto Não Há Correção?

Até que a Capcom libere um patch para corrigir o problema, os jogadores têm algumas opções. Aqueles que priorizam o dano e não se incomodam com uma experiência menos fluida podem limitar a taxa de quadros a 30 FPS nas configurações do jogo ou do driver gráfico. Já os que preferem a suavidade visual de taxas mais altas terão que aceitar a redução no dano como um tradeoff temporário – ou torcer para que suas habilidades compensem a diferença.

Para os usuários de PC, uma solução prática é usar ferramentas como o RivaTuner Statistics Server (RTSS) ou os próprios controles de FPS das placas NVIDIA e AMD para travar o jogo em 30 FPS. Nos consoles, como PS5 e Xbox Series X, optar pelo modo “Priorizar Resolução” em vez de “Priorizar Frame Rate” pode ajudar a manter uma taxa mais baixa e estável, dependendo das atualizações disponíveis.

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